Olé do Mundo Real

Como um nunca de 4 em 4 anos, tempo exato do nosso esquecer, asteiam-se agora as mesmas frágeis, como ao vento incerto, velas bandeiras: imensas, verde-amarelas, mas de uma ponta só... Desde sempre, ou de qd nasci, mais um projeto frustro de nós, brasileiro, é assim.

Imensas bandeiras, imensamente brasileiras. Reaprende-se primeiro a olhá-las o cabisbaixo. Envolventes, a chamá-las pavilhão nacional até o argentino desavisado. A sem medo de sonhar retomar as aulas do jardim: os pqs do verde, do amarelo e do azul. A contar estrelas.

Todo o cosmos desse momento, agora, como nunca antes. Todo, exceto pelo ordem e progresso q, bem... N é cenográfico. E de distante demais da imagem do jardim de mar, ouro, verde e estrelas, n seria assim tão essencial reaprender. Nem q dele só o progresso, como o curso de um rio q por esse jardim gramado passasse como quem quis dizer alguma coisa.

E já antes do 1.o jogo, somos capazes de a um, a nós, como no carnaval, encenar. Encenar o q é matéria p dizer um projeto de nação. "Isso é uma nação!" Feita de eleição em eleição, de 4 em 4 anos.

Como um oásis. E assim tb viável por um mês [da Copa]. Ou n: o sempre "ou n" presente a qq devaneio: pq afinal sonhar é n ver o fim, é se entregar mais de alma q de corpo. E em frente sonhando lembraremos o q é ter um projeto de vitória, um projeto de projeto.

Juntos de frente aos televisores como já às CPIs, falaremos em crítica. De um técnico e outros 23 representantes como a irmãos, como a nós. Ou melhor, concidadãos.

Jornais noticiarão aquilo q queremos saber. Público interessado e capaz de abreviar até o técnico, q dirá a escalação. Como Romário ganhou a copa de 94.

Afinal teremos saído da apatia, pesadelo de td vitorioso sonhador, por um propósito comum, com um projeto de progresso, projeto de nação.

Afinal diremos ao mundo, q infelizmente n é de sonhos, do q somos capazes:

.Sonhar sonhos com prazo de validade

.Ser carnaval e futebol q n somos

.Viver de sorte, descrença e à espera q nos acordem, como de um pesadelo, 24 representantes heróis a serem esquecidos

ps.Voto pela demissão, se n posso e n concordaria ver preso, do técnico Lula. Ou vamos recompensar pela reeleição Parreira sem o Hexa do Zagallo?... nosso maior exemplar de projeto silencioso (nem tanto), o q restou de verdadeiro de um tempo q presidentes entrevistavam a seleção.

Vida após o coma

N é a morte iminente q assusta.
É a imagem
De um corpo q n responde e ainda vive
Mais aterradora.

O q se pode esperar
No coma,
É q outros lutem pela
Sua vida.

Q, tal qual o dos automóveis,
Um desses freios
A q confiamos a interposição
Da vida e morte,

Em toda e naquela brecha de lucidez,
Funcione,
Opere por si só.
Até q vc acorde... ou n.

Qd só se pode imaginar q tipo de depois vem da vida,
Antes parar de beber, fumar, arriscar a noite,
Se agarrar a vida e estar à beira da S. do Pânico n é a solução.
Testar os freios, já, mais q uma imposição: é dar sobrevivência e asas a
[motivação.

Enterra

Aéreo.
Qd cessam os pensamentos.
É-se interrompido
À notícia da morte.

Meu 1.o velório, o último daquele filho de um pai.
Ng de preto, nenhuma vela,
Chorar copioso de poucos,
Lágrimas lá, mas n vencidas tb se via.

Seria msm isto a hora da morte?
Existe?
Existe em vida?
N tem hora A morte:

Ou nega a vida:
Daria agora à vida novas certezas de morte?
Ou nega a perspectiva da nova:
Filhos?

Aos poucos, poucos, se,
Encostam a sua a carne morta.
Aos poucos,
O melhor conceito de choro, dá lugar ao ar

A cada reinício de vida recíproca,
Ao encontro dos ali, a apresentações e
A prazeres de te conhecer.
Meu com o defunto.

Tds as regras sociais são impertinentes
No momento da morte.
Do abraço q vem do estranho,
De sentimentos tão familiares pelos familiares,

É momento p quem n consegue entender:
A vida como a morte,
O pq da criação,
Do q é dado como tirado

Sem a possibilidade da despedida.
Aquilo q se passa a vida inteira p
Aceitar... como suicidas:
Somos a vida, aceitemos a morte.